domingo, 15 de janeiro de 2012

Safari e tribo Masai

Após uma longa semana de trabalho intenso na Upendo Rescue Centre, resolvemos aproveitar o final de semana para fazer um Safari em Amboseli, quase na fronteira com a Tanzânia, de frente para o Kilimanjaro (o 2° maior monte do mundo).
Amboseli é um parque nacional E-N-O-R-M-E e pudemos ver vários animais muito perto de nós, foi incrível:







no flagra








Antes de voltarmos pra casa fomos conhecer uma tribo Masai. Os masai fazem parte das 42 tribos do Quênia e são uma das tribos africanas mais conhecidas internacionalmente, principalmente por possuirem tradições peculiares que são cultivadas até hoje.



Os masai são nômades, vestem roupas de cor vermelha e azul e usam muitos colares, pulseiras e brincos feitos de miçanga colorida. É muito comum encontrar masais vendendo suas artes – que hoje são também sua importante fonte de renda –, o que faz com que tenhamos que barganhar bastante... E nessas horas, saber algumas palavras em swahili, é essencial.
Rafiki (amigo), mimi si muzungu (eu não sou muzungu – homem branco), mimi si na pesa (eu não tenho dinheiro)

A alimentação dos masai é baseada em carne e sangue de boi, bode e leite (dá-lhe proteína e nada de fonte de fibras, como vegetais e frutas). A quantidade de vacas que a tribo masai possui é o que determina sua classe social. Eles cozinham no chão e fazem o fogo com pedaços de madeira e palha.




Por serem nômades e morarem em locais bem isolados e distantes de hospitais, eles fazem seus próprios remédios: pra dor de cabeça, dor nas costas e joelhos (já que dão muitos pulos como forma de competição nas suas cerimônias), e um especialmente pra dar conta das 10 mulheres durante a mesma noite.

Os remédios





Os masai são poligâmicos e quando se casam devem dar 10 vacas para a família da mulher (ou seja, quanto mais vacas, mais mulheres terá). Os homens devem se casar aos 25 e as mulheres em torno dos 18 anos. Ainda hoje elas passam pela ablação (circuncisão feminina).
Quando completam 5 anos eles queimam o rosto com a forma de um círculo nas bochechas para se diferenciaram dos masai da Tanzânia (que fazem 3 linhas). Eles também furam e alargam a orelha e extraem o dente de baixo.




As casas, construídas apenas pelas mulheres, são feitas de esterco de vaca e cinzas, são bem pequenas e escuras – obviamente não existe energia elétrica – e as camas são de couro de vaca (mais duras que não sei o que).



Os masai mais velhos não falam inglês e a maioria não frequentou escolas, porém a tribo que visitamos (com 110 masai)  já possui uma escola com um professor, onde as crianças aprendem inglês e se preparam para quando forem mais velhas irem à escola, que fica a mais de 10km de lá.



Como nômades, quando a região em que vivem fica muito seca à ponto de não ter mais alimento para as vacas, eles se mudam para outro local.

Todos nos trataram muito bem, mostraram suas casas, explicaram as tradições e nos receberam com suas músicas e os famosos pulos. Com certeza foi uma das melhores experiências que tive até hoje!




Quem quiser saber mais sobre a cultura masai, pode assistir o filme “A masai branca” que conta a história de uma mulher que se casa com um masai e passa a viver em sua tribo e de acordo com suas tradições.

2 comentários:

  1. Lindo Ana, incrível como você descreve seus texto com informações tão ricas porém com simplicidade e leveza. É muito bom também te ver nas fotos, dá uma saudade.. você está ótima, saudades.

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  2. Aeeee... não sei se fiquei mais impressionado com o elefante fazendo um "xixizinho", ou se com o lance das 10 mulheres por noite.... E por falar nisso... Aquele pulinho que vc estava dando na foto não era uma "dança de acasalamento" neh!?!??! Cuidadoooo são 10 por noite.... #ficaadica
    Espero que não tenha sido tarde!!!
    uahauhauh
    Bjusss

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